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DIA DA ESPIGA - 26 de maio de 2022

As turmas do 2.º /3.º e 4.º anos da escola sede fizeram um passeio matinal pelos campos nas proximidades da Escola e seguindo a tradição do Dia da Espiga, pelo caminho colheram espigas, flores silvestres, algumas papoilas e outras plantas. A funcionária Sandra ofereceu-nos a oliveira do seu quintal. Chegados à escola organizámos melhor as plantas que colhemos e fizemos belos ramos que cada aluno levou para casa. Aproveitámos a ocasião para abordar as tradições do nosso país e o facto de apenas 30 municípios manterem o feriado neste dia: pois desde 1952 que foi abolido, tendo-se transformado em feriado municipal nestes concelhos que decidiram manter acesos os costumes. Segundo a tradição, o Dia da Espiga era considerado “o dia mais santo do ano”, em que não se devia trabalhar e que as pessoas partiam num passeio matinal pelos campos para colherem espigas e depois fazerem um ramo que incluía também flores silvestres como papoilas e malmequeres, raminhos de oliveira, de alecrim e de videira. Por ter uma ligação com a natureza, pensa-se que este costume está relacionado com antigas tradições pagãs associadas às festas da deusa Flora que aconteciam por esta altura. Com a chegada do Cristianismo, e tendo em conta as datas de celebração da Páscoa, em Portugal este dia foi associado à Festa da Ascensão, celebrada 40 dias depois da Páscoa e que em tempos foi comemorada com feriado nacional. “Quem tem trigo de Ascensão, todo ano terá pão.” Este é já um ditado antigo que acompanha o Ramo da Espiga, em que cada planta está associada a um significado: As espigas representam o pão, como a base do sustento da família, e a fecundidade. A papoila significa amor, vida. O malmequer simboliza a riqueza e prosperidade. A presença da oliveira significa Paz e a Luz Divina. O alecrim representa a saúde, força e resiliência. A videira simboliza o vinho e a alegria. Ditam os antigos costumes que o ramo deve ser colocado atrás da porta de entrada de casa e apenas deve ser substituído no ano seguinte, por um ramo novo, como símbolo de sorte e prosperidade do lar.



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